De regresso ao Velho Continente, a MG, antiga joia da coroa britânica, agora nas mãos do grupo chinês Shanghai Automobile Industry Corporation (SAIC), é a nova vilã nas aventuras e desventuras de Elon Musk e da “sua” Tesla.
O tiro de partida já se ouvira há algum tempo, mas só agora começa a ecoar alto no mercado nacional. A marca, que cumprirá 100 anos de vida em 2024, apresenta-se numa “forma” invejável para quem a deu como defunta em 2005. E faz questão de assumir que “voltou para ficar”.
Neste come back, a MG não esquece o legado da sua sigla, mas encara de frente e com grande ambição os tempos atuais, apresentando uma oferta elétrica capaz de causar pesadelos a muitos concorrentes – não apenas à Tesla.
Os números começam a ganhar expressão. Com mais de 14 concessionários em funcionamento e mais de 800 unidades vendidas em 2023, a MG promete “democratizar o acesso do consumidor português aos automóveis do futuro”.
Icebergue escondido
Para descrever a ofensiva, Ricardo Lotra, Country Sales Manager da MG para mercado português, recorreu a uma analogia acutilante: “Somos uma marca icebergue”, uma vez que, tal como estes enormes blocos de gelo, ‘apenas deixamos ver 10%’”. Ou seja, existe muito mais submerso, nas propostas que preparam para o próximo ano.
E será que subsistem determinados valores do passado nesta nova existência da MG? “Sim. A componente desportiva, a nossa grande herança. E, também, apesar de sermos uma marca mainstream, a qualidade”, afirma o responsável ao Motor 24. “No passado, a MG estava posicionada ligeiramente acima da Rover. Era a versão desportiva e premium desta. O que queremos ao trazer a MG para a Europa é lembrar o lado desportivo, associado à qualidade, mas sem esquecer o nosso main set: tornar mais acessíveis os veículos elétricos”, acrescenta.